
Acostumo-se a chamar qualquer grupo de cachimbeiros como confraria. Mas, de fato, de confraria há bem pouco ou quase nada. Claro que é válido reunir um grupo de pessoas em torno do mesmo assunto, ainda mais nos tempos que estamos vivendo. Agora, ir além do bate papo é quase nada mesmo.
Tive a honra de ter encontrado um pequeno, mas significativo, grupo de pessoas que formam, sim, uma confraria. Mesmo que não tenham adotado o nome para si, é uma confraria no sentido amplo da significância do termo. A mão estendida à amizade sem afetação e esnobismo idiotizante. A discussão que busca um norte e o passo dado para a realização de um projeto em conjunto em prol de algo além do próprio umbigo e fornilho.
A ideia de Gustavo Dalberto em auxiliar um amigo dele de uma forma que fosse valorosa foi a gênese de um produto riquíssimo de importância e sabor.
As cinquenta caixas de madeira que o amigo confeccionou serviu de berço para o isqueiro, vindo do Luciano (Mestre das Cordas Tabacaria), um canivete pica fumo da Tramontina, um cachimbo MB numerado feito por Marcinei Bazzanella e o já famoso tabaco em corda de Jaguari com folhas de figo, que eram um produto que os avôs de Gustavo faziam para consumo próprio.
O tabaco ressurgiu em um projeto da Família Dalberto no início do ano e leva o nome de Luiz Antenor que são os nomes dos avôs que inspiraram a pequena produção. Poderiam continuar cada um vendendo seu produto separadamente, obteriam resultado também, mas seria apenas mais uma história tão comum.
Mas quando um amigo precisa e há a possibilidade de se juntar em auxílio, não importa o tamanho de tal ideia, torna-se gigante diante do que representa.
A caixa número 06 repousa aqui comigo. Fiquei feliz com a chance de participar, de alguma forma, e poder reconhecer a verdade de uma pequena confraria que vai além da fumaça e do papear.
Fica um marco da ação de todos porque, sem a ajuda de quem as fez e de quem as adquiriu não haveria não haveria diferença, seria apenas o mais do mesmo.
Agora é abrir o tabaco, que vem no formato de uma bananinha, sentir o aroma, picar com o canivete, encher o fornilho novo, acender e aproveitar o resultado de uma ação conjunta de amigos. A vida pede mesmo uma pausa para refletir, aproveitar e se lembrar de quando tudo tinha um outro sabor. Seja bem vindo Luiz Antenor, vida longa à confraria brasileira.
Lindo relato Jim, sou seu fã meu velho.
Forte abraço
Como somos importantes! Parabéns Jim pelas belas palavras, somos importantes porque participamos de uma parcela da sociedade que valoriza o produtor nacional, e a união como descrita em seu texto fortalece cada vez mais o conhecimento sobre a qualidade de nossos produtos, juntos somos fortes! Gostava muito de uma frase que tinha em meu primeiro empreendimento (Silkscreen) ” Não me venha com problemas, somente com idéias e soluções!! Forte Abraço !!! Abraço Susssuarana !! Abraço de Urso!!!