
Calado, diante de si
O Messias Indeciso,
descansa
da agenda cheia,
shows, viagens, hotéis.
O corpo, combalido,
do Quixote que empunha
guitarras e gritos.
Teve os bolsos cheios do
ouro de tolo da fama,
mítico herói Arjuna
em qual trem seus sonhos partiram?
Coração Noturno,
murmúrios,
pelos cantos, pelos móveis,
pelos discos antigos, pelos livros já lidos.
Calado o microfone,
a TV em chuvisco,
Na sua mente Elvis em 57.
passos lentos em pelos cômodos,
cansado corpo,
dez mil anos de aventuras.
Peixinho frito no fogão,
“Foi lá na beira do pantanal…”
Já é hora do trem partir,
vai partir o disco voador
nesse eclipse,
nos véus de Nuit.
Em paz, o caminho mágicko finda.
SJC, 10 de março de 20